O fundamento do universo é de que nada é igual a nada. Nenhum grão de areia é idêntico ao outro, nenhuma estrela a outra, nenhuma árvore a outra, nenhum fruto a outro, etc.
Nenhum homem é igual a outro homem, mesmo os gêmeos. Até uma sala cheia de japoneses, cada um é diferente do outro. Nos polos, cada palmo de gelo é diferente do outro, inclusive de cores diferentes.
Mas o universo é um todo diverso. É único em seu conjunto global. O sentido de união é a alma do universo.
Um grão não é igual ao outro, mas é grão pela diferença no outro. Uma árvore não é igual à outra, mas toma sua identidade através da diversidade da outra. Um átomo não é igual a outro, mesmo do mesmo elemento, ele pode estar num tempo/espaço diferente do outro, numa composição transladada em outro plano.
Um homem não é outro homem, por isto é um homem em sua identidade, em seu eu mais profundo. Nenhum sistema solar é igual ao outro. Porém há uma dependência para que todos sobrevivam em suas complexidades. Quanto nós matamos uma lagarta no jardim, estamos interferindo no brilho das estrelas.
Assim, temos o prazer de admirar cada coisa em seu lugar, fazendo parte do resto imenso universal.
Desta forma podemos compreender que a união se torna perfeita com pares de opostos diferentes. Não é necessário que as pessoas concordem com tudo o que pensamos, para que as tenhamos no círculo de nossas amizades.
Isto demonstra que nossos eus interiores, são pedaços de um único eu, de um só universo.
Feliz o homem que encontra beleza em todas as coisas, sem perder a unicidade com o Eterno. Maravilhoso o homem que vê no outro o seu auto-retrato.
Há uma força de união que aglomera todo o universo. Sem esta força ele ruiria.
Esta diversidade contém e sustém a universalidade.
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