Corre o mundo procurando seu nome. Perdera também seu sobrenome. Juntos foram os de seus pais. Com eles sua história pessoal. Sua cidade natal, data de nascimento, seus amigos... tudo foi pelo ralo num instante. No espelho da rodoviária olha aquele fantasma de frente, além de sua face. Sem nome, sem passado.
Estar diante daquele ser ali no espelho não é encontrar-se. É cada vez mais ficar diante de si e de todos.
Dá um murro no espelho e foge de ninguém. Foge para outro canto. Um lugar nenhum, onde não há encontro.
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