Sendo que o seu casamento ia de mal para pior, Délio resolveu consultar uma cartomante. Inicialmente houve uma grande resistência dele. Como Posteriormente refletiu que dependendo do resultado ele levaria tudo na brincadeira.
As coisas iam de uma forma tão ruim que ele não suportava mais viver daquele jeito. Queria encontrar uma saída não importasse qual fosse, desde que não suplantasse a ética. Não se incomodando que viesse das mãos habilidosas e das palavras de uma pitonisa cigana.
Sua esposa Solange estava profundamente desgastada com a união conjugal. Agora, ela saía sozinha e não falava para onde ia. Sábado à noite desaparecia e apenas murmurava, caso ele fizesse um ar de preocupado, que ficara na casa de uma prima. Qual prima? Como esta pergunta não aparecia, também não surgia nenhuma resposta. Embora não houvesse uma resposta exata.
A cigana jogou as cartas sobre a mesa. “Escolha uma delas, meu gajo!”. Délio escolheu um valete de paus. A cigana jogou de novo as cartas sobre a mesa: “Escolha outra vez, meu gajo!”. Délio escolheu uma dama de copas.
“Pronto, meu gajo! A sua mulher te rejeita? Mas existe quem te quer! Olhe aqui a dama de copas! Copas significa coração. Coração quer dizer amor e paixão! Olhe aqui você! Um valete de paus! Veja bem, isto significa um símbolo fálico. Não existe amor total, completo e realizado sem desejos e contatos físicos que levem ao prazer!”.
“Ao orgasmo?”. Perguntou Délio. “Sim, meu nobre. Total, geral e irrestrito! Vou lhe propor um trabalhinho a fazer. Domingo que vem haverá um baile de máscaras na Casa da Orla. Você se mascara de Zorro. Mas lembre-se, de Zorro Mexicano, daqueles que trazem uma espada na cintura. Se por um acaso apresentar-se a você alguma dama que lhe indique algum sinal, não perca tempo. Você vai viver um novo amor!”.
Délio não perdeu tempo. Estava de jejum do amor por quase seis meses. Comprou toda a roupa numa loja de sexy shop e partiu para a festa conforme a indicação da vidente.
A sorte dele foi tão grande que logo na entrada encontrou-se de frente com uma dama vestida com longa veste marcada com copas. Ela estava bem mascarada também.
Não pensou duas vezes. Tomou-lhe pelas mãos e entraram para o enorme salão.
A dama era a cigana. Foi um golpe? Não foi? E se ela há muito esperava por um amor assim que se coadunasse com o seu fetiche sexual?
Não se pode afirmar que a ida dele até a sua tenda foi uma providência do destino?
Se foi ou não foi, pouco importa. O que muito importa é que naquela tenda ronda quase todas as noites o amor de um Zorro por uma Dama de Copas.
segunda-feira, 18 de novembro de 2013
O CASAMENTO SENSUAL NO REINO DO FETICHE E DA FANTASIA
Sendo que o seu casamento ia de mal para pior, Délio resolveu consultar uma cartomante. Inicialmente houve uma grande resistência dele. Como Posteriormente refletiu que dependendo do resultado ele levaria tudo na brincadeira.
As coisas iam de uma forma tão ruim que ele não suportava mais viver daquele jeito. Queria encontrar uma saída não importasse qual fosse, desde que não suplantasse a ética. Não se incomodando que viesse das mãos habilidosas e das palavras de uma pitonisa cigana.
Sua esposa Solange estava profundamente desgastada com a união conjugal. Agora, ela saía sozinha e não falava para onde ia. Sábado à noite desaparecia e apenas murmurava, caso ele fizesse um ar de preocupado, que ficara na casa de uma prima. Qual prima? Como esta pergunta não aparecia, também não surgia nenhuma resposta. Embora não houvesse uma resposta exata.
A cigana jogou as cartas sobre a mesa. “Escolha uma delas, meu gajo!”. Délio escolheu um valete de paus. A cigana jogou de novo as cartas sobre a mesa: “Escolha outra vez, meu gajo!”. Délio escolheu uma dama de copas.
“Pronto, meu gajo! A sua mulher te rejeita? Mas existe quem te quer! Olhe aqui a dama de copas! Copas significa coração. Coração quer dizer amor e paixão! Olhe aqui você! Um valete de paus! Veja bem, isto significa um símbolo fálico. Não existe amor total, completo e realizado sem desejos e contatos físicos que levem ao prazer!”.
“Ao orgasmo?”. Perguntou Délio. “Sim, meu nobre. Total, geral e irrestrito! Vou lhe propor um trabalhinho a fazer. Domingo que vem haverá um baile de máscaras na Casa da Orla. Você se mascara de Zorro. Mas lembre-se, de Zorro Mexicano, daqueles que trazem uma espada na cintura. Se por um acaso apresentar-se a você alguma dama que lhe indique algum sinal, não perca tempo. Você vai viver um novo amor!”.
Délio não perdeu tempo. Estava de jejum do amor por quase seis meses. Comprou toda a roupa numa loja de sexy shop e partiu para a festa conforme a indicação da vidente.
A sorte dele foi tão grande que logo na entrada encontrou-se de frente com uma dama vestida com longa veste marcada com copas. Ela estava bem mascarada também.
Não pensou duas vezes. Tomou-lhe pelas mãos e entraram para o enorme salão.
A dama era a cigana. Foi um golpe? Não foi? E se ela há muito esperava por um amor assim que se coadunasse com o seu fetiche sexual?
Não se pode afirmar que a ida dele até a sua tenda foi uma providência do destino?
Se foi ou não foi, pouco importa. O que muito importa é que naquela tenda ronda quase todas as noites o amor de um Zorro por uma Dama de Copas.
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