quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

Almas gêmeas

Tudo aconteceu em uma noite de magia. Tudo foi correndo pela barca da correnteza da madrugada até içar as velas do carro solar. Tudo o que era virtual ou coincidente, foi-se vestindo de sincronia e de charme que se irradia quando menos se espera como um flash das antigas, daqueles que não se jorram mais nos dias de hoje. Tudo foi tão surpreendente como aquelas antigas fotos instantâneas dos fotógrafos lambe-lambe das praças antigas. Tão suave com seu deslizar pelo brilho das estrelas e pela extensão da via láctea que em si mesmo já é uma enigmática nave. Embora tudo fosse galáctico, também ao mesmo tempo era estrela cadente! Embora fosse temático, tudo abraçava todas as licenças poéticas. Tudo no início parecia virtual, fazendo-se com o tempo tão longe e tão perto, tão igual e tão desigual. Tudo partindo e se encontrando. Tudo desunindo e se acoplando. Tudo tão sensível. Tudo tão visível e invisível. Tudo tão difícil de entender e explicar. Tudo com direção e ao mesmo tempo sem rumo. Tudo deitado no chão e ao mesmo tempo no prumo. Tudo discursando um silêncio mudo!

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