terça-feira, 24 de dezembro de 2013

QUEM REALMENTE SOMOS NÓS?

Um dia Adameve El Salem subiu uma montanha para meditar. Começou a perguntar: "Quem sou eu?"
Seria eu aquela pessoa que gosta de doce de mamão, com uns cravinhos por cima? Mas esse era o doce que mamãe dizia que era bom!
Se mamãe dissesse que bom era doce de marmelo, com certeza ele gostaria de doce de marmelo!
O tipo de mulher que lhe chama a atenção? Quando ele era pequenino, seu pai lhe falava "você vai se casar com uma..." E se seu pai tivesse lhe falado que fosse um outro tipo de mulher, não seria este o tipo que lhe chamaria a atenção? Não seria por ela que ele procurasse em sua vida inteira?
Por que gosto de poesia? Filosofia? Música cigana?"
Assim ele foi garimpando, garimpando seu interior. Percebeu que era fruto de uma aldeia materna, de uma cultura, etc. Compreendeu que todos os seus pensamentos, sentimentos, emoções, desejos, escolhas eram derivados de sua cultura em geral, do meio em que viveu e do impacto com todas as ideias do mundo. Algo que deve ser respeitado. Cada cultura tem seus costumes, seus métodos e seus mitos. Entendeu este imenso mundo nascido do berço da linguagem. Em primeiro lugar chega a linguagem materna. Aquela na porta do berço. As canções de ninar de mamãe e seus monólogos sussurrantes em uma língua resumindo palavras e sons. Em seguida a linguagem familiar, do reino de sua cultura. Depois aquela falada em toda a sua aldeia. Camadas de linguagem vem aparecendo, como as múltiplas linguagens pátrias. Sem contar uma criada no próprio interior do ser que é a linguagem própria. A forma que vemos o mundo é um substrato de tudo isto.
Mas quem era ele? Ele, puramente ele?
Nos vãos de cada pensamento, sentimento, emoção, desejo, escolha, etc. encontrou um ser permanente, puro como o diamante. Um ser contínuo. Um quantum de energia sem mistura alguma. Sem nenhum contato.
Chegou a conclusão de que ele era eterno. Com toda certeza sua alma era imortal. Ele era filho do reflexo do UNO, do ETERNO, Daquele que não tem nome, de RASHEM. Do alto daquela montanha ele rendeu glória a ADONAI ELOHÊNU!

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